quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O autismo faz parte de mim- Temple Grandin


“O autismo faz parte de mim, mas não me define”. Esta frase é dita por Temple Grandin em várias palestras que ela realiza em todo mundo.


Quem é Temple Grandin?

 

Mary Temple Grandin é uma mulher com autismo (de alto funcionamento), que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Zoologia na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Zoologia, desde 1989, pela Universidade de Illinois.
Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado a respeito de comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a indústria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Atualmente ela é a mais bem sucedida e célebre profissional norte-americana com autismo, altamente respeitada no segmento de manejo pecuário.
Mas muitos podem estar pensando que Temple é exceção. Porém deveríamos nos apegar é como foi sua vida para que ela tivesse está funcionalidade, qual a importância da família na vida dela, como foi trabalhada as questões do autismo na sua vida. Como muitas vezes é falado o autismo é uma síndrome, não há cura, mas não significa que não há melhoras e ganhos no quadro do autismo.
Quando nos deparamos com a história de Temple podemos observar que a sua mãe numa época em que se acreditava que o autismo tinha causa por “Mães Geladeiras” como eram chamadas, a mãe de Temple sempre a incentivou e tentou criá-la o mais independente possível, acreditou em seu potencial e respeitou suas limitações.
Uma parte muito importante na sua vida foi ter encontrado professores que acreditavam em seu potencial e a incentivava a usar seus dons para encontrar soluções para os empasses da educação.
Sempre é importante frisar a importância do acreditar, respeitar a individualidade e ter paciência, não apenas em questões sociais, escolares, mas também em afetivas que muitas vezes se tem uma falsa crença em que o autista não é carinhoso e não tem sentimento pelas pessoas, o que ocorre é que às vezes o contato físico é difícil por questões sensoriais que devem ser trabalhadas.
Caso vocês queiram saber mais sobre a vida de Temple, vocês podem assistir o filme: Temple Grandin ou adquirir um dos seus livros: Na língua dos bichos.
 

Escrito por: Karina Sala/Presidente da AFAUPA.CL.

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