quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Crianças contam como é conviver com amigo autista na escola

O autismo faz parte de mim- Temple Grandin


“O autismo faz parte de mim, mas não me define”. Esta frase é dita por Temple Grandin em várias palestras que ela realiza em todo mundo.


Quem é Temple Grandin?

 

Mary Temple Grandin é uma mulher com autismo (de alto funcionamento), que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Zoologia na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Zoologia, desde 1989, pela Universidade de Illinois.
Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado a respeito de comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a indústria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Atualmente ela é a mais bem sucedida e célebre profissional norte-americana com autismo, altamente respeitada no segmento de manejo pecuário.
Mas muitos podem estar pensando que Temple é exceção. Porém deveríamos nos apegar é como foi sua vida para que ela tivesse está funcionalidade, qual a importância da família na vida dela, como foi trabalhada as questões do autismo na sua vida. Como muitas vezes é falado o autismo é uma síndrome, não há cura, mas não significa que não há melhoras e ganhos no quadro do autismo.
Quando nos deparamos com a história de Temple podemos observar que a sua mãe numa época em que se acreditava que o autismo tinha causa por “Mães Geladeiras” como eram chamadas, a mãe de Temple sempre a incentivou e tentou criá-la o mais independente possível, acreditou em seu potencial e respeitou suas limitações.
Uma parte muito importante na sua vida foi ter encontrado professores que acreditavam em seu potencial e a incentivava a usar seus dons para encontrar soluções para os empasses da educação.
Sempre é importante frisar a importância do acreditar, respeitar a individualidade e ter paciência, não apenas em questões sociais, escolares, mas também em afetivas que muitas vezes se tem uma falsa crença em que o autista não é carinhoso e não tem sentimento pelas pessoas, o que ocorre é que às vezes o contato físico é difícil por questões sensoriais que devem ser trabalhadas.
Caso vocês queiram saber mais sobre a vida de Temple, vocês podem assistir o filme: Temple Grandin ou adquirir um dos seus livros: Na língua dos bichos.
 

Escrito por: Karina Sala/Presidente da AFAUPA.CL.

Macacos (geneticamente modificados) para estudar o autismo

O Instituto de Neurociência de Xangai produziu 200 macacos geneticamente modificados, com sintomas de autismo. O objetivo é identificar os circuitos cerebrais responsáveis pela doença.
GEORGES GOBET/AFP/Getty Images
 O Instituto de Neurociências de Xangai está a levar a cabo uma experiência com macacos geneticamente modificados. Os cientistas chineses criaram macacos com uma falha genética – o síndrome de duplicação MeCP2 – que origina vários sintomas clínicos habitualmente identificados em humanos com autismo. O objetivo é identificar os circuitos cerebrais responsáveis pelos comportamentos autistas, por forma a combater a doença em humanos.

Entre os principais sintomas provocados pela falha genética incluída nos macacos (o síndrome de duplicação MeCP2) está a dificuldade em estabelecer interações sociais, uma condição bastante comum em humanos autistas. O líder da equipa de investigação Zilong Qiu, citado pelo The Guardian, afirma que o primeiro grupo de macacos criados (cerca de 200) “exibe comportamentos muitos similares aos do autismo humano, incluindo ansiedade acrescida mas, mais importante, defeitos nas interações sociais”.

Depois de ficarem a conhecer melhor as redes de células cerebrais que estão envolvidas nos sintomas associados ao autismo, os investigadores passarão então a testar novos tratamentos, destinados a aliviar os sintomas e desenhados a partir da informação obtida na investigação.

Os tratamentos testados poderão ir desde estimulação elétrica aplicada diretamente no cérebro (tratamento que já foi administrado a pacientes que sofrem de Parkinson) até à estimulação magnética do crânio, passando, no limite, pela terapia genética (que consiste na introdução de genes nas células genéticas dos pacientes).

Para realizar os vários testes os cientistas poderão necessitar de um número maior de espécies. Contudo, tal não será um problema, já que os macacos passam os seus defeitos genéticos aos seus descentes: e, assim sendo, os investigadores poderão criar um número bastante maior de macacos com estes sintomas, a partir da reprodução dos macacos já existentes.

A escolha destes animais é controversa e pouco habitual: mas não é aleatória. Como explica o The Guardian, os macacos possuem um cérebro com uma dimensão muito maior do que a dos ratos (que são os animais habitualmente utilizados em experiências científicas) e com bastante mais semelhanças ao dos humanos, pelo que permitirão um estudo mais conclusivo. O mesmo é corroborado por um especialista em genética da Trinity College Dublin, Kevin Mitchell: “Os ratos não têm obviamente comportamentos tão ricos, complexos e sofisticados” como os macacos, diz, citado pela publicação britânica.

A investigação, que segundo o The Guardian foi descrita na revista Nature, não está, contudo, imune a críticas: o diretor de investigação da Autistica (uma instituição que doa fundos às investigações sobre autismo), James Cusack, alerta para o facto de que “as pessoas com autismo são diferentes em numerosos aspectos, e o próprio autismo em si está ligado a uma série de outras doenças”. “Com isto em mente”, conclui, “desenvolver um modelo de autismo único para [todos] os animais pode ser algo muito difícil de conseguir“.

 27/1/2016

Sinais de Autismo: a história de Jacob


Receita de Biscoito Fácil e Rápida

Ingredientes

Massa

3 colheres (de sopa) de açúcar
2 colheres (de sopa) de manteiga
9 colheres (de sopa) de farinha de trigo
1 colher (de sobremesa) de fermento para bolo
1 gema

Recheios

3 colheres (de sopa) de uva passa
3 colheres (de sopa) de castanha de caju, assada e sem sal
3 colheres (de sopa) de chocolate granulado

Modo de Preparo

Misture todos os ingredientes da massa até formar uma bola que desgruda das mãos.

Biscoito facil

Divida a massa em três partes.
Na primeira parte misture: As passas

Biscoito de Passas

Na segunda parte misture: As castanhas de caju triturada

Biscoito de castanha

E na última parte misture: O granulado de chocolate

Biscoito de chocolate


Modele os biscoitos e coloque em uma forma untada. Leve ao forno médio até dourar levemente.

Dicas:
  • Esta receita é ótima para fazer com as crianças.
  • Se você receber uma visita inesperada, dá para correr para a cozinha e em 15 minutos terá biscoitos fresquinhos.
  • Você pode pirar na batatinha na hora de escolher recheios para misturar, exemplo: nozes, amendoim, chocolate picado, goiabada, banana passa, raspas de limão/laranja, coco ralado, etc…
  • Você pode fazer os biscoitinhos sem misturar nada de recheio, também fica bom.
  • Você também pode passar os biscoitos no açúcar ou no coco antes de ir para o forno.
  • Eles são gostosos quentes ou frios. Se guardados em um pote bem fechado, conservam-se bem por vários dias.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Formação:linguagem e comuncação

A escola esteve aberta ao CRTIC. vieram fazer formação sobre comunicação e linguagem.


Esteve muita gente a asistir : pais,professores e funcionários da escola.
                          

Foi uma formação muito interessante.

Dobragens


Hoje estivemos  a fazer dobragens. Pegarmos em quadrados de papel de lustro de varias cores e dobramos os cantinhos. Queremos fazer um painel colorido com estas dobragens. Depois mostramos.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Autismo e boccia



É uma modalidade de cariz universal, descendente de um jogo da antiga Grécia, que progrediu através do Império Romano, tendo vindo a dar origem a uma vasta gama de jogos, dos quais se destacam o bowling e a petanca.

Nos anos 70 foi recuperado pelos países nórdicos com o fim de adapta-lo a pessoas com deficiências.

Foi introduzido em Portugal em 1983.

As vertentes do jogo vão do lazer e recreação ao mais alto nível de competição, tendo sido eleito como modalidade Paraolímpica.

O objetivo deste desporto é colocar as bolas de cor (seis azuis contra seis vermelhas) o mais perto possível de uma bola alvo (bola branca), que é lançada estrategicamente por um primeiro jogador, para dentro do recinto de jogo (Campo de Boccia).

Participa-se individualmente, em pares ou em equipas de três.

Inicia-se o jogo, lançando a bola branca e os jogadores devem tentar aproximar dela o maior número de bolas da sua cor.

Em cada jogo todos os desportistas lançam pelo menos uma vez a bola branca que marca o objetivo. Por isso os jogos constam de quatro a seis parciais, dependendo do número de participantes.

Não há limite de idade para a prática da modalidade, é um jogo misto e embora tenha sido originalmente concebido para ser jogado por pessoas com paralisia cerebral, o boccia tornou-se tão popular que hoje em dia é praticado por qualquer pessoa.

É um jogo que pode ser jogado com as mãos, os pés ou utilização acessórios auxiliares (calhas) podendo também ser necessária a intervenção de ajudantes.

Este desporto requer dos jogadores muita concentração, coordenação, controlo muscular, precisão, trabalho de equipa, cooperação e estratégia.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Boccia- começaram os campeonatos inter-escolas


O dia estava cinzento. Mas mesmo assim ganhou cor. foram muito divertidas as atividades e gostámos muito de jogar boccia. Encontrámos meninos de outras escolas. O pavilhão da Escola de Penacova estava cheio.


Começámos a viagem cedo e só voltámos ao fim da tarde. O autocarro era enorme para cabermos todos


 A seguir mostramo-vos algumas fotografias que por lá tirámos. O Boccia é uma coisa muito séria e nós saímos de lá em boa posição.



 Também houve momentos de espera. todas as escolas tinham de jogar e estavam lá escolas de Montemor-o Velho, Carapinheira e Coimbra.


Antes do almoço foram tiradas todas as marcações do campo. A escola de Penacova que também participou, recebeu-nos muito bem!


Jornadas: Perturbação do Espetro do Autismo

A III Edição das Jornadas "Perturbação do Espetro do Autismo: Uma perspetiva longitudinal" vai-se realizar no dia 30 de janeiro de 2016 no Auditório do ISCAC

Depois do sucesso das edições anteriores, a APPDA Coimbra (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Coimbra) vai realizar a 3ª edição das Jornadas "Perturbação do Espetro do Autismo (PEA): perspetiva longitudinal", no dia 30 de janeiro de 2016, no Auditório do ISCAC (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra).

Para mais informações consulte o site

inscrições

sábado, 16 de janeiro de 2016

E-book sobre Asperger


A Síndrome de Asperger (SA) é um tipo de Autismo, em sua forma mais leve….. Atualmente o DSM5 não Classifica mais a SA,mesmo assim o Entendendo Autismo disponibiliza-lhe um E-book completo sobre SA gratuito para ser baixado e compartilhado!
CLIQUE AQUI E BAIXE SEU E-BOOK GRATUITAMENTE!!!!

Um dia com a Brownie

 Já falámos numa publicação anterior da importância dos animais na vida dum autista.
Hoje queremos mostrar-vos como passámos um bocado cheio de magia com a Brownie: uma cadela super meiga que nos deliciou.











E porque as imagens dizem tudo, não acrescento mais nada.
Aqui na Figueira da Foz  é a Psis- gabinete de Psicologia que pode fazer este atendimento. Deixo-vos a página de facebook onde podem encontrar todas as informações. Experimentem.

O meu irmão


Música para autismo



A bela canção de Chris de Burgh "Quando chega o inverno" fundo é ouvida no vídeo resume muito bem a situação que as pessoas com autismo vivem. "Pense em mim quando o inverno chega", diz a canção no final. Pense nessas crianças que, quando chega o inverno e do frio, apenas podem estar fora de espaços fechados (cinemas, teatros, centros comerciais, etc.) porque o seu comportamento é socialmente incorreto.  
Eles querem e precisam para desfrutar de música como os outros. Vamos ajudá-los com concertos específicos onde podem interagir e socializar, utilizando a música como o principal catalisador.

Acompanhem esta página

Dentro de mim: Autismo


Uma metáfora sobre o autismo.

Asperger:o que é


A Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética que interfere, sobretudo, com a capacidade de interação social da pessoa. Uma pessoa com Síndrome de Asperger tem dificuldades a interagir com outras pessoas e, por vezes, chega mesmo a comportar-se de forma estranha quando acompanhada por outras pessoas. Têm dificuldade a iniciar e a manter uma conversa e por isso torna-se difícil sociabilizar e fazer amigos.

Para além da dificuldade a iniciar conversas, existe ainda outro ponto a dificultar a sociabilização de quem tem Síndrome de Asperger: encontrar a temática. Uma criança que padeça deste síndrome pode desenvolver um interesse quase obsessivo por um determinado tema, o que dificulta a comunicação com os outros.

Principais características:
- Alterações ao nível das competências sociais
- Intencionalidade comunicativa desadequada
 - Dificuldade na Autorregulação socio emocional
- Alteração ao nível da reciprocidade social
- Interesses limitados
 - Tendência para se isolar
- Comportamentos rotineiros
- Rigidez de pensamento
 - Peculiaridade do discurso e da linguagem
- Perturbação na comunicação não verbal
 - Descoordenação motora

É também comum nesta doença que existam práticas e rituais muito vincados, ou seja, um indivíduo com Síndrome de Asperger pode desenvolver métodos e rotinas das quais não se conseguirá separar. Um exemplo disso é o vestir: a ordem em que veste as peças de roupa é fixa e não pode ser mudada.

No entanto, esta doença em nada afecta a capacidade cognitiva da criança. Muitas crianças com Síndrome de Asperger são excepcionalmente inteligentes e demonstram grandes talentos em qualquer área (desde as artes, à musica ou à matemática).

 O diagnóstico desta doença foca-se em dois pontos: os défices de comunicação e a presença de um padrão repetitivo e restritivo de atividades, interesses e comportamentos. Apesar de ser uma disfunção que tem origem numa determinada parte do cérebro, o diagnóstico é feito apenas com base num conjunto de critérios comportamentais.



Para mais informações sobre esta doença visite o site da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Livros que ajudam a lidar com as emoções


Depois do sucesso de A Psicóloga dos Miúdos (Ed. Vogais, 2015), Rita Castanheira Alves apresenta três novos títulos, desta vez dedicados às crianças, com temas que irão ajudar os pais a gerir as emoções dos mais pequenos: Filipe Feliz , Maria do Medo e Zé Zangado, com ilustrações de Carla Nazareth.

Maria do medo

Quando se pequenino, não é fácil lidar com sentimentos. Com estes três livros, e com a ajuda dos pais, os leitores mais novos vão aprender a reconhecer as suas próprias emoções e compreendê-las. As ilustrações expressivas e divertidas ajudam a que a criança facilmente se identifique com as personagens e se reveja nas situações descritas. Os pais vão descobrir como é fácil fazer as crianças ainda mais felizes e ajudá-las a crescer.

O Filipe gosta de correr, de dar cambalhotas e de ajudar o pai a fazer bolos. Como tantos outros meninos, ele sabe que fica irritado quando joga à bola e perde, e que se sente triste quando alguém chora num filme. O que o Filipe ainda não percebeu é aquilo que o pode fazer FELIZ! A Maria adora a escola, os dias de festa e cantar as suas canções favoritas. Desenha com a mão esquerda, sempre com

Zé Zangado

lápis de cera, e adora tomar banho na banheira cheia de água. Mas a Maria tem um problema. Um problema que aparece todas as noites… Na hora de dormir, lá vem ele: O MEDO! O Zé é um miúdo baixinho e animado. Gosta de comer cereais de muitas cores ao pequeno-almoço e de fazer torres com as peças de madeira para depois as destruir. Mas o Zé tem um problema. Sempre que a Alice, a sua irmã gémea traquinas, faz um disparate, ele transforma-se no: ZÉ ZANGADO!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Autismo e Apraxia de Fala associado


 

É sempre útil pais e profissionais se questionarem: "Algo a mais poderia explicar a ausência de fala ou habilidades de comunicação nos quadros de Autismo?" De acordo com o Dr. Barry Prizant, há evidências crescentes de que a ausência de fala ou gestos, em um subgrupo de crianças com Autismo, pode estar relacionada a outros fatores, além do déficit sócio-cognitivo. Uma área que deve ser investigada inclui o aspecto do planejamento motor da fala. E isso inclui as apraxias orais e verbais.
Presume-se muitas vezes, que o motivo de uma criança com Autismo não falar, está relacionado com a habilidade cognitiva de linguagem ou habilidades receptivas. No entanto, Prizant argumenta que o déficit no planejamento motor da fala, também pode estar presente nas crianças com Autismo e isso poderá inibir o desenvolvimento da fala.

Por exemplo: algumas crianças com Autismo são capazes de adquirir a capacidade de comunicar de forma significativa por meio de sistemas alternativos de comunicação ou com linguagem gestual, apesar da sua produção de fala ser severamente limitada. Este fato pode demonstrar habilidades cognitivas e linguísticas adequadas.

Algumas crianças demonstram os sinais clássicos de problemas motores orais, tais como dificuldade em coordenar o movimento dos articuladores (lábios, língua, mandíbula, etc.), dificuldade de alimentação, dificuldade no controle da saliva (presença de baba).
Alguns sinais são consistentes com um diagnóstico Apraxia de Fala. Estes sinais podem incluir: predomínio de vocalizações, pobre repertório de consoantes (consoantes requerem maior habilidade de planejamento motor); algumas sílabas ou palavras mais curtas são produzidas claramente e a ininteligibilidade da fala aumenta para palavras mais extensas (quanto mais sílabas, menos clara será a fala ou então manterá apenas as vogais das palavras); é possível observar diferenças na fala automática e na voluntária (por exemplo, ecolalias podem ser mais claramente articuladas do que as tentativas de fala espontânea). (Prizant, 1996).
Assim como em outras crianças que também apresentam uma fala limitada, ausente ou ininteligível, a avaliação das habilidades de comunicação das crianças com Autismo também deve incluir a avaliação do sistema motor da fala e das praxias orais. Dr. Michael Crary delineia uma série de áreas para observação e avaliação clínica, incluindo:
- funções motorais não-verbais: postura global, marcha, coordenação dos movimentos finos, coordenação motora oral, mobilidade oral, postura de boca, salivação, deglutição, mastigação, estruturas orais, simetria, movimentos automáticos versus voluntários.
- avaliação dos aspectos motores da fala: esforço e tensão durante as tentativas de fala, ensaios visíveis da boca, desvios na prosódia (ritmo, volume, entonação, etc.), fluência da fala, hiper/hiponalisalidade, velocidade e pobre coordenação nos movimentos de diadococinesia, por exemplo: repetir: PATAKA E BADAGA (não consegue manter a sequência!)
- articulação e aspectos fonológicos: produção verbal, repertório de fonemas, relutância em falar, a capacidade interativa, inteligibilidade e tipo de erros, os efeitos do aumento da complexidade silábica; amostras de fala encadeada; os resultados dos testes padronizados.
- desempenho linguístico: recepção e expressão, tipo de sentenças utilizadas, habilidades semânticas e sintáticas e habilidades de conversação.
Outros: capacidade de sustentar e desviar a atenção, distração.

Geralmente clínicos relatam que pode ser difícil avaliar de forma específica o controle motor oral e de produção de fala em crianças com Autismo (dificuldade para analisar o desempenho nas tarefas formais de avaliação). Além disso, algumas crianças também podem apresentar acentuada hipersensibilidade oral. A falta de consciência proprioceptiva e outras questões sensoriais podem também impactar o desenvolvimento da fala. A restrição alimentar que também pode estar presente no Autismo também pode afetar a mastigação, os padrões sensitivos e proprioceptivos, e consequentemente a fala.
Em resumo, todos os aspectos da comunicação, da fala e da linguagem devem sempre ser avaliadas nas crianças com Autismo, assim como com outras crianças que apresentam outros diagnósticos de fala e de linguagem.

Referências:
Crary, Michael A. “Developmental motor speech disorders”. San Diego, CA: Singular Publishing Group, 1993.
Prizant, Barry M. “Brief report: communication, language, social and emotional development.” Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 26, No. 2, 1996.
Vail, Tracy. Personal Correspondence. October 2000.
Tradução: Dra. Elisabete Giusti, Fonoaudióloga.

http://www.atrasonafala.com.br

3 tipos de atividades lúdicas para entreter crianças com autismo


Aprenda essas valiosas dicas de atividades lúdicas que podem ser oferecidas para a criança com autismo, que devem estimular as áreas da interação social, comportamento e comunicação.

O autismo é uma desordem que faz parte de um grupo de síndromes chamada Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Essa disfunção afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente).

O autismo acarreta o comprometimento de 3 principais eixos:
Interações sociais.
Comportamentos estereotipados, repetitivos e restrição de interesses.
Comprometimentos qualitativos na comunicação e na linguagem.

O brincar, assim como para qualquer criança, representa um papel importantíssimo para o desenvolvimento da criança autista, pois contribui para a socialização, têm efeitos positivos sobre a aprendizagem, estimula o desenvolvimento de habilidades básicas e a aquisição de novos conhecimentos.

As atividades lúdicas que forem oferecidas para a criança com autismo podem estimular as áreas da interação social, comportamento e comunicação.

Segue algumas ideias de atividades para entreter uma criança com autismo e ainda contribuir para seu desenvolvimento:

1. Passeio no super carro

esta atividade consiste em puxar a criança sobre um colchão ou cobertor pelo quarto. Você deve fantasiar a brincadeira para ser interessante, por exemplo, dizer que agora a criança vai andar no super carro relâmpago McQueen (Disney) e estimular a criança a repetir a palavra passear quando quiser mais. Nesta brincadeira estimula-se a comunicação verbal e período de atenção por 10 minutos ou mais.

2. O sapo comedor de bolhas

para esta atividade você precisará de um fantoche de sapo e bolhas de sabão. A atividade consiste em fazer bolhas de sabão e com entusiasmo e animação fazer o sapo "comer" as bolhas. Dessa forma estimula-se a comunicação verbal quando a criança tem que dizer "bolha" para o sapo comer e o contato visual. O período de atenção é de 5 minutos ou mais.

3. Dado das brincadeiras

esta atividade desenvolve a atenção por 15 minutos ou mais, flexibilidade e participação física. Você precisará de um dado gigante que poderá ser confeccionado com papelão ou tecido. Cada face do dado deve conter uma ação a ser realizada pela criança, por exemplo:

PULAR - deve-se incentivar a criança a repetir a palavra "pular" e junto com ela pular o mais alto que conseguir.

RODAR - girar em torno do próprio eixo com a criança em seu colo.

ESCORREGAR - puxar a criança gentilmente sobre um cobertor.

BALANÇAR - balançá-la em seus braços, em uma rede ou em uma balança.

APERTAR - oferecer massagens com diferentes tipos de movimentos e intensidade de pressões em diversas partes do corpo da criança.

PASSEAR - levar a criança de "cavalinho" em suas costas.

É importante incentivar a pronúncia das palavras a cada atividade.

Muitas outras atividades podem ser encontradas em pesquisas pela internet. Há muito material que pode contribuir para o desenvolvimento das crianças com autismo.

O importante é compreender que ela é uma criança que precisa ser amada acima de tudo e estimulada um pouco mais para que se desenvolva. Livrar-se de todo preconceito e buscar informação são atitudes essências para ajudar uma criança com autismo.

Taís Bonilha da Silva 
retirado daqui

Respira: controlar e conhecer as emoções



Porque nem só os adultos podem sentir mágoa ou raiva.
Julie Bayer Josh Salzman e Salzman falou com várias meninas e meninos sobre suas emoções e como eles se sentem.

Este exercício vai fazer você entender como ele é importante manter o foco em crianças para que se mantenham emocionalmente saudáveis:

 


É difícil expressar emoções em qualquer idade. E, é um desafio ainda maior para descobrir primeiro o que e como estamos nos sentindo quando tristeza ou raiva nos assalta. É por isso que o duo intitulou este filme de apenas 4 minutos "apenas respirar".

Ambos criaram este vídeo porque eles foram inspirados por uma conversa que ouviu de um menino com apenas 5 anos. O menino estava conversando com um amigo e contou como suas emoções afetam diferentes partes do seu cérebro e como ele tinha que se acalmar através de respirações simples.
É quando eles perceberam que tinham de divulgar esta questão para garantir que todas as escolas pudessem ensinar às crianças este significado social importante.

Como você concilia suas emoções quando você está triste ou com raiva? Você tem algum conselho que queira partilhar?

A cidade de SC torna-se o primeiro destino de viagem ideal para o autismo

 

Surfside Beach, SC (WMBF) -O Conselho Surfside Town Beach assinou a primeira proclamação de fazer Surfside Beach o primeiro destino de viagem ideal para o autismo.

O fundador da Champion Autism Network, ou CAN, estava presente quando o Conselho assinou a proclamação.

"O conselho da cidade de Surfside será proclamando que Surfside Beach é um destino de viagem ideal para o autismo e, tanto quanto eu sei, nenhuma outra cidade ou cidade fez essa declaração," Becky Large explicou.

Por Large, ela comparou este movimento ao facto de ter um bebê, ou casar. Durante anos ela tem trabalhado para aumentar a conscientização do autismo através de filmes amigáveis ​​sensoriais e outros eventos.

Um dos objetivos principais de Large é a criação de uma zona livre , isenta de julgamento para famílias com crianças no espectro do autismo.

"Estamos tentando criar uma zona livre de julgamento, e não apenas por algumas horas, mas para um par de dias", disse ela.

O prefeito de Surfside Beach, Doug Samples, diz que não poderia imaginar um melhor ajuste.

"Sendo a praia familiar, sendo de baixo perfil, menos densamente povoada, isto soa como uma combinação perfeita", explicou Samples.

"O lema de Surfside Beach é a praia com a família e eles querem famílias para vir aqui onde tudo é tranquilo e é pequeno, e nós estamos prontos para servir e é o lugar perfeito para lançar esta iniciativa," Large disse.

Becky Large é a fundadora da rede e diz que mais e mais famílias a contactam a cada semana, depois de receber um diagnóstico de PEA.

Essas chamadas inspiraram-na ainda mais para expandir a consciência de toda uma comunidade.

"Estou me aproximando como uma espécie de turista ... certificando-se de uma empresa de administração de imóveis entende as necessidades, têm membros da família que estão no espectro e entendem o processo de seleção para uma casa adequada", explicou Grande.

Umas férias relaxantes é um desafio grande porque seu próprio filho tem autismo, mas ela acredita que esses tempos desafiadores poderiam acabar.

"É muito divertido para ir em algum lugar, onde todos os recebem e compreendem. E você realmente pode trocar histórias com outras famílias e falar sobre o que está funcionando para você e se eles são de diferentes estados, podemos cruzar conhecimento e aprender uns com os outros ... e ajudar a crescer a consciência e quem sabe ... criar melhores serviços e suportes, "Large acrescentou.

"Nós temos tanta coisa para fazer aqui, que você não pode realmente chegar a uma objeção ..
você tem que sair de casa e vir aqui ", disse Large.

Robô ajuda crianças com autismo e síndrome de Down


Mais uma novidade da CES: a empresa francesa Leka apresenta nesta edição da feira um robô que ajuda crianças que apresentam problemas no desenvolvimento, como síndrome de Down, autismo e deficiências múltiplas.

O robô interativo usa a gameficação para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades motoras e intelectuais. Entre os jogos, há opções de esconde-esconde e um bingo colorido em versões individuais ou de múltiplos jogadores.
Reprodução

“Leka é previsível e estável em suas interações, o que é muito importante para a sensação de segurança e serenidade da criança. Ela atende às necessidades específicas das crianças e centra-se na estimulação multi-sensorial. Suas cores, sons e vibrações ajudam a melhorar o processamento sensorial e reduzem a ansiedade”, explica Ladisla de Toldi, fundador da companhia. Para o executivo, o robô pode ser uma especie de “cão guia” para crianças autistas.

Por enquanto, a Leka é apenas um protótipo, mas uma campanha de financiamento coletivo no site francês sowefund quer ajudar a produzí-la em massa. De acordo com Toldi, o plano é incluir uma tela que permita que o robô exiba emoções e sons.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Gustavo Adolfo, autista: 'quero ganhar a vida com o suor do meu rosto'


"Sou autista, só que um autista leve, de alta funcionalidade ou alto funcionamento: certamente não tenho os problemas que tiveram outras pessoas, mas tive problemas que quase inviabilizaram a minha vida". Esse é um trecho do depoimento que o engenheiro de telecomunicações e mestre em engenharia de sistemas e computação Gustavo Adolfo de Medeiros deu na reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) que debateu a criação de um sistema de atendimento aos autistas no Brasil.

Ele iniciou sua participação citando Rui Barbosa, que considerava injusto tratar de forma igual os desiguais. Gustavo Adolfo classificou como um grande erro matricular em escolas normais crianças autistas sem que antes elas tivessem a oportunidade de se preparar para tal inclusão em associações e entidades que tratam especificamente de pessoas com esse tipo de problema.

- Junto com pessoas normais elas vão sentir-se complexadas, não vão aprender, vão ter uma série de problemas. Isso vai prejudicar todo mundo. Não se pode cair em armadilhas ideológicas. Acho que temos que incluir todo mundo, mas antes tem-se de dar condições de inclusão - afirmou Gustavo Adolfo.

O engenheiro contou que demorou a descobrir que sofria de autismo. Porém, muitas situações o intrigavam, como o fato de ele enfrentar muitas dificuldades nos relacionamentos amorosos e geralmente ser rejeitado em grupos sociais. Também o assustava a dificuldade de conseguir empregos ou, principalmente, se manter neles. Ele disse que desde que o problema foi diagnosticado, melhorou muito. Porém continua desempregado.

Depois de ser aprovado em um concurso para o Banco do Brasil, Gustavo Adolfo foi efetivado no cargo. Porém, devido ao regulamento da instituição, foi obrigado a trabalhar em agência, no atendimento ao público, antes de ser destacado para outra função. Ele contou que a área tecnológica do Banco o queria lá, mas não tinha como infringir as normas. Gustavo, que reconhece ter problemas de concentração, foi desligado do emprego e continua sem trabalhar até hoje.

- Não quero ajuda governamental ou pensão ou previdência. No meu caso, eu quero a oportunidade de ter um emprego. Quero tirar o meu dinheiro do suor do meu rosto, como todo mundo. É importante ter a ideia de que o autista não é um robô. Eu não sou um robô, sou um poeta: faço poesia e escrevo também. Temos muito a oferecer - declarou Gustavo Adolfo.

Autismo não verbal

Esta experiência é vista através dos olhos de Carly Fleischmann, uma rapariga de 17 anos que vive com autismo não-verbal.

Com base em um trecho do livro A voz de Carly: Olhando através de autismo, que explora a forma como, para alguém com autismo, um ato simples como ir para um café pode descer no caos.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tortinha de banana


Mais uma receita para fazer na escola:

Receita fácil e deliciosa de tortinha de banana com massa folhada.



Ingredientes:

6 retângulos de massa folhada;

2 bananas picadas;

1 colher (sopa) de açúcar;

1/2 colher (sopa) de canela;

1 gema para pincelar antes de assar;

mais um pouco de açúcar misturado com canela para polvilhar por cima.

Modo de preparação: assista ao vídeo !



Aceitação


Não resisto a partilhar este artigo que descobri no histórias de pé . Nada como um pai para falar de aceitação. Leiam.

"Costumo dizer que a aceitação é o primeiro grande passo para a efetivação do desenvolvimento da pessoa com autismo. Apesar disso, esse é um processo muito difícil. Os pais das crianças com autismo não se preparam para receber essas crianças. Como sabemos, não há exame capaz de identificar o autismo no período da gravidez. Essa família escuta a gestação inteira que está tudo bem com o bebê, que a gravidez está transcorrendo normalmente, que todos os exames estão perfeitos... E essa família sai da maternidade com uma criança ‘típica’ no colo. Uma criança que vai engatinhar, que vai dar seus primeiros passos por volta dos 10 meses, que vai falar mamãe e papai perto de 1 ano de idade, que vai apontar, imitar, brincar imaginativamente, que vai compartilhar olhares, te chamar para brincar... E aí quando esses marcos começam a atrasar, quando a família começa a perceber que o olhar daquela criança é um pouco disperso, que ela não busca outras crianças para brincar, que seus interesses são restritos, que ela não dá função a certos objetos, que não há aquela “cumplicidade” tão esperada entre os pais e a criança... que a troca de olhares não acontece... Aí chega a angústia. Esse é um momento muito difícil sim. É um momento de indefinição, de medo, de desconhecimento do que está por vir. E aí chega a tão famosa frase: “normal... cada criança tem seu ritmo”. Essa frase realmente cai como uma luva para nós nesse momento... É perfeita para o boicote que tentamos fazer com a gente mesmo... E fica melhor ainda quando essa frase vem do pediatra... Era só o que precisávamos para enterrar de vez qualquer dúvida que ainda ousasse permanecer. Será?

A gente sabe o quanto esse primeiro contato, como essa ‘sensação’ de que algo está diferente é doloroso... Mas a verdade é que negar não vai resolver o problema. Aliás, isso se aplica a tudo, né mesmo? Negar nunca resolve nada. Só alimenta as neuroses e torna a coisa ainda maior. E no caso do autismo é ainda um pouco mais complicado. Cada segundo de nossa negação pode representar a privação do desenvolvimento do outro. Olha que sério! Não é à toa que a intervenção precoce no autismo é tão importante. Quanto mais cedo oferecemos tratamento adequado, melhor pode ser o prognóstico dessa criança... melhor será a adaptação dela às práticas diárias da sociedade. Essa é a primeira grande questão da aceitação – aceitar para oferecer uma melhor qualidade de vida para essa pessoa... Mas junto com essa questão central, vêm outras tão importantes quanto, e que também auxiliam. Vamos escrever em tópicos para que ninguém deixe de ler. 


O que muda quando aceito o autismo do meu filho?
Antes de mais nada, você está sendo responsável e oferecendo ao seu filho um direito inalienável– o de se desenvolver ao máximo dentro de suas potencialidades! Isso não pode ser negado a nenhum ser humano.
Quando você aceita que seu filho tem autismo, você se abre a um universo novo e riquíssimo, e poderá aprender muito com sua criança, vivendo momentos maravilhosos, que só a aceitação poderá proporcionar.

Você começa a perceber que o conceito de ‘normalidade’, tão reproduzido por todos, não faz sentido nenhum! Que a diferença não pode ser tratada como ‘anormalidade’ e nem algo ruim.

Você vai aprender a “ler” o seu filho. Vai entender que a fala é necessária, mas que na ausência dela, vocês continuarão se comunicando e com imensa perfeição.

Você entende o verdadeiro significado da palavra respeito, e percebe que precisamos aceitar o tempo do outro se queremos nos divertir ao lado dele...

Entende que para brincar com seu filho você não precisa de brinquedos caríssimos, de muito dinheiro... basta vontade de estar junto e aprender a brincar como seu filho gosta de brincar!

Você aprende que nem sempre as coisas serão na hora que você quer e como você quer... que a paciência é uma virtude e que você vai desenvolver.

Você vai perceber que sua tolerância ganhou uma dose extra. Que sua capacidade de compreender o outro é muito maior do que você pensava, e que seu amor por aquela criança é tão gigante que você é capaz de resgatar o que há de mais puro e verdadeiro em você em nome desse amor.

Vocês serão melhores amigos, e o seu amor por ele será a grande fonte do desenvolvimento do seu filho.

Você vai ter ao seu lado a pessoa mais verdadeira de todos os tempos, aquela que dificilmente pensará uma coisa e dirá outra.

Você poderá ser o maior especialista do seu filho. Será a pessoa que melhor o conhecerá.

Você poderá ser parceiro dos profissionais que cuidam de seu filho, ajudando-os com informações que só você tem.

Sem dúvida alguma, a aceitação proporcionará os momentos mais felizes da vida de vocês.

Quanta coisa boa pode acontecer quando aceitamos, quando deixamos de lado nossos medos, preconceitos e ideias prontas. ... Quando aceitamos seu autismo, dissemos a ele que o nosso amor estava para muito além de padrões, de expectativas sociais, de planejamentos... O nosso amor por ele não tinha rótulo. É um amor incondicional que ultrapassa barreiras, limites e principalmente conceitos bobos de normalidade.

Mas cabe aqui uma diferenciação muito importante. cabe aqui não confundir ACEITAÇÃO com ACOMODAÇÃO. Uma coisa não tem relação alguma com a outra. Aceitar é ter consciência das dificuldades e oferecer as condições necessárias para que esses aspectos possam ser desenvolvidos. Nada tem relação com deixar pra lá, com negligenciar tratamentos, com naturalizar o autismo a tal ponto que se torne “um modo de ser”... pois não é. Autismo é um transtorno, recentemente classificado também como deficiência, em função de, em determinados graus, comprometer a independência da pessoa, e deve ser tratado. Obviamente, não são tratamentos para “acabar” com o autismo, pois essa é uma condição inerente ao indivíduo e estará sempre presente em seu comportamento. Não existe ‘ex-autista’, existe sim pessoas que receberam tratamentos adequados e conseguem transitar pela sociedade de forma independente, livre e feliz. Por isso, não negligencie as necessidades de sua criança. Não permita que preconceitos e medos atrapalhem o futuro de seu filho. Hoje, ele precisa muito de você. Seja suporte, amor e alegria."
artigo original

O autista não entende ou você não se faz entender?



Autismo não é deficiência. É um transtorno. É um modo diferente de entender, interpretar, viver este mundo. Alguns autistas podem possuir deficiência intelectual, mas é uma comorbidade, não consequência do autismo. Um exemplo mais claro: existem autistas cegos. A cegueira é um sintoma do autismo? Não. Esse indivíduo tem autismo e cegueira. O mesmo vale para a deficiência intelectual. A pessoa pode ter autismo E deficiência intelectual.

Curiosa(o)?
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

10 coisas que todos os autistas gostariam que soubesse

As 10 coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse, por Ellen Notbohm, traduzido para a Revista Autismo, edição de abril/2012 

Como ajudar uma criança com PEA


O meu irmão tem autismo


Terapia ocupacional e autismo



Estima-se que 60 a 70% das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresente um distúrbio sensorial (Adamson, 2006). Estudos têm demonstrado que as pessoas com TEA são mais lentas para integrar informações sensoriais recebidas por seus sentidos, tornando a sua velocidade de processamento muito mais lenta. Isso pode de alguma forma explicar por que as crianças com TEA são frequentemente sujeitas a “colapsos” (entenda-se reações exacerbadas) decorrentes da sobrecarga sensorial.

Crianças com TEA não têm os “filtros” apropriados para descartar informações irrelevantes e isso leva a sobrecarga sensorial. Durante a aula, eles podem estar processando, por exemplo, o ruído do corredor, ao mesmo tempo que tentam lidar com as informações auditivas do professor explicando a lição e dos colegas que conversam em paralelo durante a aula. Essa sobrecarga sensorial pode se apresentar de várias maneiras, tais como comportamento desafiador, retirada e desligamento completo.

Existem, no entanto, um certo número de estratégias simples que podem ser utilizadas na sala de aula ou em casa para adicionar de forma eficaz os filtros sensoriais que muitas vezes essas crianças precisam. Os terapeutas ocupacionais são a chave para essa intervenção. Adicionando os filtros corretos e as intervenções, direcionando cada sistema sensorial, isso ajuda o sistema nervoso da criança se tornar mais organizado/regulado e, portanto, ajudando criança a ter atenção e desempenho eficazes no ambiente.

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Desenvolver a grafomotricidade



Encontrei uma coleção de 500 atividades de grafomotricidade que pode ser um material super útil para quem trabalha e quer estimular a coordenação! Mas antes de chegar ao material…

Sabe o que é Grafomotricidade?

Do ponto de vista etimológico, “grafo” vem do grego graphein e significa escrita; “motricidade”, vem do Latim motor, do verbo movere, “mover, deslocar”. Assim, o termo grafomotricidade diz respeito ao conjunto das funções neurológicas e musculares que possibilitam, aos seres humanos, os movimentos motores no ato da escrita (Glossário Ceale).

Sendo assim, quando você encontrar e/ou usar os exercícios desse tipo vai estar ainda mais ciente da relevância desse tipo de atividade para a importante função da escrita.

Vamos à coleção? Pois bem, ela é a coleção disponibilizada pelo site orientacionandujar.es e está disponível em PDF para poder baixar de forma gratuita. Preparado?

Se  quiser ir direto ao link do PDF, clica aqui!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dicas para trabalhos criativos com crianças

 

Há sempre ideias fantásticas que nos escapam. E são na verdade coisas simples e muito úteis quando se trata de ajudar uma criança a exprimir a sua criatividade. Tornar as coisas mais fáceis nos pequenos gestos para um tempo mais rico nos gestos que realmente contam é do que fala este artigo.
Dê por lá uma olhada e aproveite as ideias

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O Autismo de que ninguém fala

CRIANAS

Como a maioria dos pais e mães de crianças com autismo, tenho lido sobre a família da Califórnia que está sendo processada por outras várias famílias do seu bairro. No processo, elas alegam que a criança causa distúrbios por causa de seu comportamento e que os pais não fazem o suficiente para contê-la.

Um dos demandantes afirmou: "Não tem a ver com autismo. Tem a ver com segurança pública".

Mas ele está errado. Tem tudo a ver com autismo. Só que é um tipo de autismo do qual pouco se ouve falar.

A mídia nos mostra muitas histórias enternecedoras, como a da criança autista que vira técnica do time de basquete da escola, ou a do menino que vai para o baile de formatura com a menina mais bonita da sala, ou a da menina com autismo que é votada a mais bela do baile. Ficamos todos sensibilizados, acendemos uma luz azul em abril e nos damos tapinhas nas costas por sermos tão conscientizados.

Mas não somos.

Porque, para cada menino com autismo que é técnico do time de basquete da escola, há 20 outros meninos com autismo que se sujam de fezes.

E, para cada menina com autismo que é eleita a mais bela do baile, há 30 outras meninas com autismo que arrancam os próprios cabelos e se arranham até sangrar.

E para cada menino com autismo que vai ao baile de formatura, há 50 outros meninos com autismo que chutam e batem e machucam outras pessoas.

Esse é o autismo de que ninguém fala. Esse é o autismo que ninguém quer ver.

Não estamos conscientizados.

Um dos demandantes disse: "Não estamos incomodados com o fato de ele ser autista. Estamos preocupados com a violência dele (contra) nossas crianças".

Não há como ficar incomodado com o comportamento dessa criança e não se incomodar com o autismo.

Autismo e comportamento andam juntos. Por quê? Comportamentos são comunicações. Indivíduos com autismo não conseguem se comunicar de modo que pessoas funcionais os entendam. Eles fazem as coisas que precisam para ter suas necessidades atendidas. E muitas vezes essas coisas assustam. São violentas.

Não estamos conscientizados.

Quando era menor, meu filho, que tem a mesma idade da criança envolvida no processo, era extremamente agressivo. Ele fazia as mesmas coisas que o menino da Califórnia.

Corria atrás das outras crianças no parquinho só para empurrá-las. Batia. Chutava. Mordia. Puxava cabelos. Eu nunca sabia o que ia acontecer. Durante muito tempo, me encolhia de medo quando ele corria na minha direção...

Não sabia se ele ia me abraçar ou me bater. Você consegue imaginar o que é isso para uma mãe? Encolher-se quando seu filho corre na sua direção?

Não estamos conscientizados.

Como não sabia o que meu filho ia fazer com as outras crianças, paramos de ir ao parque. Paramos de ir aos eventos para mães e filhos na biblioteca local.

Começamos a ir ao supermercado às 6h, quando o lugar ainda estava vazio. Meu filho não ia para a creche; em vez disso, tínhamos uma babá em casa. Basicamente tive de isolá-lo para garantir a segurança dos outros.

Você consegue imaginar o que é ser mãe e não poder levar seu filho ao parque? Não poder levá-lo para festinhas de aniversário? Para brincar com outras crianças?

Não estamos conscientizados.

A necessidade de isolar meu filho também me isolou. Via da janela as outras mães do bairro sentadas na frente de suas casas, conversando enquanto seus filhos brincavam.

Eu não podia participar porque meu filho não podia estar junto das outras crianças. Certa vez uma mãe perguntou se meu filho poderia ir à casa dela, brincar com seu filho. Você consegue imaginar a empolgação e, depois, a vergonha de ver o convite desfeito quando expliquei o problema do meu filho?

Não estamos conscientizados. De jeito nenhum.

Mas podemos nos conscientizar. Podemos abrir os olhos e entender que autismo não tem a ver só com as crianças de alto funcionamento que são "diferentes", mas que conseguem conviver com as outras. Autismo não tem a ver só com o menino de seis anos que toca piano melhor que muitos músicos profissionais.

O autismo pode ser muito difícil. O autismo pode ser triste. O autismo pode ser violento. O autismo pode isolar.

Quando estivermos conscientizados de verdade, processos como esse não existirão. Por quê? Porque em vez de acender luzes azuis na porta de casa, vamos para a rua com nossos filhos, ajudando-os a brincar. Vamos conhecer nossos vizinhos e aceitar as crianças deles.

Vamos aceitar seus pais, também.

Vamos aprender que coisas provocam reações violentas do colega do nosso filho que tem autismo, para que as crianças consigam interagir sem que haja agressões. Seremos uma cidade de verdade, incluindo quem consegue seguir os comportamentos adequados e quem está dando duro para aprendê-los.

Vamos nos esforçar para ensinar nossos filhos a não bater nos outros, e como evitar apanhar.

Os pais envolvidos nesse processo, de ambos os lados, precisam de mais. Mais educação, mais compreensão, mais inclusão e mais envolvimento.

Agora me diga: o autismo é a verdadeira perturbação pública?

artigo retirado e traduzido pelo Huffpost Brasil, do HuffPost US