quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Educação Fisica e Autismo

"Para atender não só a autistas, mas a qualquer público com necessidades específicas, todos sabemos que o Profissional de Educação Física tem que se informar a fundo sobre seus sintomas e suas limitações. No caso do autismo, os portadores do transtorno podem apresentar afetação qualitativa nas suas relações sociais, alterações da comunicação e da linguagem, falta de flexibilidade mental e comportamental. Mas, para Chrystiane Toscano, só esse conhecimento não basta. O Profissional deve levar em conta, também, todo o contexto social em que a criança ou o adolescente está inserido, ou seja: a observação é fundamental. “Conhecer sua história de vida e identificar quais são as suas possibilidades e dificuldades reais de interação com o meio me conduz à projeção de sele- ções de procedimentos mais legítimos”, explica. Rodrigo Brívio acrescenta outra qualidade que o profissional de Educação Física deve ter para trabalhar com autistas. “Além do conhecimento, tem que ter persistência. Você sabe da capacidade daquele aluno, vê que somente ele é capaz de fazer aquele determinado exercício e ele não faz, e eu não sei explicar porque ele não quer fazer. Você tem que persistir naquilo que acredita que realmente vai dar certo”. Ele também alerta para que o profissional tenha preparo emocional a fim de poder conviver com todas as dificuldades que os autistas enfrentam no seu cotidiano, pois o envolvimento é inevitável. “Não adianta dizer que vai ser só alegria, que vai vir pra cá e fazer um trabalho bonito, não é bem assim. Você conquista coisas junto, sofre junto com aquele aluno por questões da escola: a dificuldade dessas crianças com a escola é muito grande, é uma batalha a cada dia. Então não é “fiz aqui os 35 minutos, acabou e tchau”. Não é isso. O envolvimento emocional é muito grande”"



Não resisti a copiar este pedacinho de texto no artigo que li aqui. Já testemunhei algumas evoluções com alunos que fizeram educação física com professores que se afeiçoaram e dedicaram aos alunos e conseguiram grandes progressos. Sei que é possível esta ligação e estes progressos são reais e valiosos. 
Por exemplo a Cama elástica aliada a outros exercícios ajuda na percepção motora o desenvolvimento e a socialização, as sessões de ginástica artística estimulam o contato físico e disciplinam as crianças com autismo. É precisa muita persistência e preparação psicológica, mas os resultados são animadores. Os pais notam melhoria nas crianças já no primeiro mês de atividade e alguns desenvolvem a comunicação chegando até a pronunciar suas primeiras palavras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário