quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Como diminuir a sensibilidade auditiva no Autista

(foto da net)
Publicado a 31 Dezembro, 2013 Por Thalita Carvalho em Artigos aqui

A gente evita ao máximo expor nossos pequenos a estas situações desagradáveis, mas não é possível fazer isto sempre. E a passagem de ano é uma destas situações, mesmo que a gente não solte fogos em nossa casa, muita gente o faz! 
Então a gente vai falar aqui de algumas dicas para ajudar nossos filhos a passar por estas situações da melhor maneira possível 
A sensibilidade auditiva no Autista foi definido de uma forma bem fácil de entender pela Mary Temple Grandin uma autista de alto funcionamento bem sucedida profissionalmente e hoje com 66 anos, ela disse que a sua audição funciona como se ela usasse um aparelho auditivo cujo controle de volume só funciona no “super alto”. 
É como se fosse um microfone ligado que capta todo barulho ao redor. E ela tem duas escolhas: deixar o microfone ligado e ser inundada pelo barulho, ou desligar. Por isso ela e muitos autistas parecem surdos, eles simplesmente desligam este sentido para não sentir o incomodo do excesso de barulho. 

O que pode ser feito

Reforço Use o reforço positivo ou negativo: Faça o barulho que incomoda seu filho e ao ve-lo tapar o ouvido faça algo que seja incomodo para ele, como passar bucha vegetal nas mãos por exemplo. Geralmente nós mães temos dó de fazer isto com nossos filhotes, mas não é nada que vá machuca-lo ou stressa-lo, mas existe o reforço positivo, com o nosso filho ele detesta o liquidificador por exemplo e eu vou com ele para cozinha e faço o suco dele no liquidificador e não deixo ele por as mãos no ouvido quando o suco fica pronto eu explico que para ter o suco precisa do barulho e o suco passa a ser o reforço positivo! 

Exercício 1. Aprender a ouvir barulhos e sons espontâneos 
Pedimos para criança para ficar em silêncio (se for confortável pra ela de olhos fechados) e escute. Pedimos para que ele observe sons como: um carro que passe na rua, o latido do cão, o som do vento, a máquina de lavar, a porta que se abre. E pedimos a criança que o identifique. Podem ser feitos em casa, sentado em uma praça, ou onde sua imaginação mandar. Também pedimos que a criança escute os sons dentro de sí: A batida do coração, o barulho da respiração o barulho da barriga dentre outros. Este exercício servirá para que a criança aprenda a identificar os sons e também para perceber quais ruidos incomodam para ser trabalhados mais tarde. A ordem será: “(nome da criança) o que você escuta?” 

Exercício 2. Aprenda a ouvir os sons e ruídos causados. Este exercício é realizado sentado à mesa. pede-se que se faça de olhos vendados, mas se a criança se sentir incomodada com isto se posicione atrás da criança, faça os sons e pergunte : “o que você ouve?” Deixo uma lista de idéias:
 – papel de corte com a tesoura 
– batendo na mesa com os nós dos dedos 
– passar prego em alguma superfície 
– bata bola 
– Bater com um martelo 
– afiar um lápis 
– Dobre o papel 
– palmas 
– estalar os dedos
 -Barulhos com a língua 
– Apito 
– Soltando um objeto no chão 
– Despeje o líquido um copo 
– bata com uma colher de chá em um copo 
– fechar um zíper 
– escreva com giz no quadro negro 
– Escreva em papel 
– Deixando uma xícara no pires 
– Dê uma mordida em uma maçã 
– Corte com uma faca 
– comer algo crocante 
– Assoar o nariz 
– Jogue um molho de chaves no chão 
– Instrumentos: flauta, castanholas, xilofone, apitos, etc. 
– sons onomatopaicos de animais dentre outros. 

 Profissionais que podem ajudar 

Terapeuta Ocupacional 
 Eles desempenham um papel fundamental nas dificuldades sensoriais por meio de programas e, muitas vezes a adaptação dos ambientes para garantir aos indivíduos ter uma vida tão independente quanto possível. terapeuta da fala e linguagem Muitas vezes o uso de estímulos sensoriais para incentivar e apoiar o desenvolvimento da linguagem e interação. 

musicoterapeuta Usa instrumentos e sons (estímulos auditivos), para incentivar e desenvolver os sistemas sensoriais, principalmente o sistema auditivo. Trabalhar esta sensibilidade auditiva nos autistas demora um certo tempo, mas vale a pena !

2 comentários:

  1. Certamente quem conduz esse tipo de 'treinamento' não é autista. Embora seja por uma causa nobre, infelizmente não é assim que as coisas funcionam e o impacto interno desse tipo de exposição pode ser devastador. É como jogar pimenta dos olhos de alguém e pedir pra pessoa não lavar e aguentar firme até o desespero passar. É possível, sim, que a pessoa "endureça", pareça menos sensível com o passar do tempo, mas a que preço? Pobre soldado, resiste firme às tempestades do entorno e se massacra por dentro, adentrando numa ansiedade enlouquecedora e depressão sem fim.

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    1. Olá, concordo plenamente, tenho um filho autista de 2 anos e 4 meses e ele é hipersensivel e tenho muita dificuldade com a escolha de profissionais que ajudem meu filho me falam que ele só vai melhorar se eu não ter pena e deixar ele gritar até se adaptar.

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