"Para atender não só a autistas, mas a qualquer público com necessidades específicas, todos sabemos
que o Profissional de Educação Física tem que se informar
a fundo sobre seus sintomas e suas limitações. No
caso do autismo, os portadores do transtorno podem
apresentar afetação qualitativa nas suas relações sociais,
alterações da comunicação e da linguagem, falta
de flexibilidade mental e comportamental.
Mas, para Chrystiane Toscano, só esse conhecimento
não basta. O Profissional deve levar em conta,
também, todo o contexto social em que a criança ou o
adolescente está inserido, ou seja: a observação é fundamental.
“Conhecer sua história de vida e identificar
quais são as suas possibilidades e dificuldades reais de
interação com o meio me conduz à projeção de sele-
ções de procedimentos mais legítimos”, explica.
Rodrigo Brívio acrescenta outra qualidade que o
profissional de Educação Física deve ter para trabalhar
com autistas. “Além do conhecimento, tem que ter
persistência. Você sabe da capacidade daquele aluno,
vê que somente ele é capaz de fazer aquele determinado
exercício e ele não faz, e eu não sei explicar porque
ele não quer fazer. Você tem que persistir naquilo
que acredita que realmente vai dar certo”.
Ele também alerta para que o profissional tenha
preparo emocional a fim de poder conviver com todas
as dificuldades que os autistas enfrentam no seu cotidiano,
pois o envolvimento é inevitável. “Não adianta
dizer que vai ser só alegria, que vai vir pra cá e fazer um
trabalho bonito, não é bem assim. Você conquista coisas
junto, sofre junto com aquele aluno por questões
da escola: a dificuldade dessas crianças com a escola
é muito grande, é uma batalha a cada dia. Então não é
“fiz aqui os 35 minutos, acabou e tchau”. Não é isso. O
envolvimento emocional é muito grande”"
Não resisti a copiar este pedacinho de texto no artigo que li aqui. Já testemunhei algumas evoluções com alunos que fizeram educação física com professores que se afeiçoaram e dedicaram aos alunos e conseguiram grandes progressos. Sei que é possível esta ligação e estes progressos são reais e valiosos.
Por exemplo a Cama elástica aliada a outros exercícios ajuda na percepção motora o desenvolvimento e a socialização, as sessões de ginástica artística estimulam o contato físico e disciplinam as crianças com autismo. É precisa muita persistência e preparação psicológica, mas os resultados são animadores. Os pais notam melhoria nas crianças já no primeiro mês de atividade e alguns desenvolvem a comunicação chegando até a pronunciar suas primeiras palavras.
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