sábado, 9 de abril de 2016

As diversas cores do autismo

 


Assim como essa cartela tem vários tons de azul, no mundo há vários "tons" de autismo. Nem todos são bonitinhos como os das campanhas, em que vemos os brilhantes, os mais quietos, os que gostam de rodas ou os que só comem amarelo.
Enfim, quando falamos em autismo, falamos em espectro, como no caso das cores, elas vão do mais clarinho ao mais denso e escuro.
O autismo também é assim. Você vai ouvir muito se falar daquele menino brilhante, meio estranho, mas que se destacava nas lições ou em algum instrumento, línguas talvez. Ou daquela que sabia tudo de geografia, dinossauros, primeira guerra mundial...
Mas e daquele que a mãe largou o emprego pra cuidar e que quase ninguém mais vê? E àquele menino que só fazia gritar e morder, que saiu da escola e nunca mais ninguém falou nele? Sim, eles continuam existindo aos montes por aí.
As mães, continuam abrindo mão da vida social pro filho ter mais segurança e respeito. Pra não ter que enfrentar o olhar questionador de uma sociedade que finge se importar, quando o problema lhe é esfregado nas fuças.
O autismo existe e, mesmo quando é leve, posso te assegurar que seria muito mais fácil de carregá-lo se a sociedade fosse mais tolerante e conhecedora do problema. Por uma sociedade mais acolhedora.

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